segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

# Fundamentos Sociológicos e Antropológicos da Educação

Livro: Sociologia da Educação – Do positivismo aos estudos culturais
Autor(es): Nelson Piletti | Walter Praxedes


Capítulo 1 - Comte e a educação positivista


Comte viveu na Europa, mas especificamente em Paris no século XVIII, em uma época de crise e agitação política decorrente da Revolução Francesa. Por esse motivo, a educação tem uma enorme relevância em seu pensamento social,como meio de formação de novo pensamentos para se obter uma civilização que progride e vive em harmonia. August Comte, aos poucos inseriu seus pensamentos filosóficos nas propostas que tinha sobre educação, e sabia que o estudo científico sobre a educação era prioridade.
O homem deveria, elaborar suas ideias e orientar sua vida em sociedade apoiado em conhecimentos científicos, criados com basena observação pura e neutra da realidade, com objetividade e rigor, os quais por isso levariam a forma mais adequada de estabelecer a sociedade e seu desenvolvimento.
Dessa maneira passaria a existir uma ordem social, tendo como base a filosofia positivista e que faria com que a sociedade vivesse de forma equilibrada e harmônica, e esse é o ideal do positivismo.

- Educação positivista
A educação positivista determina a construção do comportamento altruísta, em tem como fundamento a fraternidade, influencia não só a estrutura social mas também a moral, já que parte de um princípio altruísta e para a prática do bem. Comte fala que a mulher tem um papel muito importante quando se trata de uma educação mais sentimental, mais próxima entre os indivíduos. A criança dentro da educação positivista, deve ser influenciada a alcançar sua maturidade, e para isso o uso de literatura será de grande importância, e o objetivo é que a criança trabalhe seu altruísmo e seja repreendida ao demonstrar egoísmo.

Capítulo 2 - Durkheim: a educação como socialização e individualização

Durkheim foi influenciado por algumas ideias de Comte, e entre os autores que são considerados clássicos na sociologia, ele é o que mais deixa explícito a problemática educacional e busca compreensão do fato social, o que por sua vez, pode ser considerada o componente central de sua teoria sociológica, a qual foram iniciadas suas investigações logo após ter sido professor de pedagogia. Assim como Comte, Durkheim via muita semelhança entre a maneira como se estruturaram as sociedades humanas e o funcionamento dos organismos biológicos.
Quando se trata dos fatos sociais, deve-se lembrar que eles devem ser entendidos, pois, como formas de pensar, de sentir e de agir, isto é, representações e ações que existem fora das consciências individuais e que possuem a capacidade de se impor aos indivíduos, como costumes, crenças, a moralidade ou a educação.
Esses fatos são reconhecidos pela: coerção, generalidade, por apresentarem uma existência objetiva independente aos indivíduos, por possuírem uma causa social anterior e que os gerou e também por possuírem um função em alguma sociedade, servindo tanto para integrar como para desintegrar.
Durkheim cita também dois tipos de solidariedade:
* Mecânica: é quando o ser humano faz algo de bom, mesmo sem ser de boa vontade. Pelo fato de que os indivíduos são criados para serem parecidos, adotando assim os mesmos valores e sentimentos, compartilhando de mesmos pensamentos, sem muita diferenciação.

* Orgânica: é mais complexa que a outra, pois educa os indivíduos para que sejam diferentes e trabalhem como o corpo humano, cada órgão com sua função, todos trabalhando para que o sistema avance, de forma que cada um é diferente, mas se um para de funcionar e não desempenha sua tarefa de forma eficaz, o sistema começa a sentir.



Capítulo 3 - Educação, racionalização e burocratização em Weber


Para Max Weber, ocorreu no ocidente, um processo de racionalização, que ultrapassou os limites. E sua investigação se baseia nisso, em explicar o porquê esse processo ocorreu na parte ocidental do mundo e não em outra parte. Ele trás a educação como uma dimensão desse processo, e que a partir daí ela começou a se modificar.

A teoria de Weber tenta compreender a ação social do ser humano, e a partir daí ele cria quatro modelos de comparação para interpretá-las. Para ele, “esse processo de racionalização pode ser atribuído a uma mudança na conduta dos indivíduos, que aos poucos deixam de agir motivados pelo costume e pela tradição. Deixam de agir por impulso, de modo apenas emocional e irracional, e também deixam ser agir motivados por princípios éticos, morais e religiosos, passando a se orientar quase unicamente por objetivos estabelecidos de maneira racional, voltados à conquista de fins utilitários.” (Sociologia da Educação, pág. 37)

Para ele, o fato do capitalismo ter se firmado, foi porque ele foi colocado dentro do processo educacional e de forma racional. Onde a busca pela riqueza é conforme o esforço, e que o diploma universitário por exemplo, faz com que o indivíduo alcance seus objetivos, de ter uma estabilidade e conforto, e onde também a burocratização do meio e da forma de vida, exitirá de forma esquematizada.

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